Fibromialgia: O que é e como tratá-la.

Atendendo ao pedido de minha querida amiga Marthinha, hoje iremos falar um pouquinho sobre a fibromialgia que vem cada vez mais tomando espaço em nossas vidas.


Antigamente era associada somente a problemas emocionais, porém, com o passar dos anos e pesquisas avançadas; podemos perceber que a fibromialgia vai muito além disso...

Conhecida atualmente como uma síndrome, devido acarretar inúmeros sintomas, ela é considerada como uma condição dolorosa generalizada e crônica. Ela é uma forma de reumatismo atrelado à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. Consideramos como sendo um reumatismo, uma vez que tal patologia acomete tendões, músculos e ligamentos; porém isso não significa que ela ocasione comprometimento das articulações, deformidades ou que seqüelas estejam associadas. Mediante este quadro todo, um diagnóstico preciso se faz necessário, já que é necessário saber diferenciar esta síndrome de outras patologias que causem dor muscular ou óssea.

A dor muscular é uma manifestação frequente e é motivo principal que leva o paciente a procurar o médico, pois por muitas vezes essa dor é extremamente forte e até se torna incapacitante. A dor geralmente acomete pescoço e ombros, podendo ser desencadeada em outras partes do corpo. Os pacientes relatam que a dor pode ser em:  pontada, em queimação, em agulhada. Relatam também que em determinados casos, ocorre até mesmo câimbras e informam por vezes a sensação de que a dor é generalizada (dói o corpo inteiro), não sabendo localizar especificamente o local da dor.

Não existe até o momento exames laboratoriais ou radiológicos que diagnostiquem a fibromialgia, portanto, o diagnóstico ocorre através do exame físico. Nesse exame, através da digito-pressão, serão investigados os 18 pontos de dor que foram padronizados internacionalmente e para que seja confirmado o diagnóstico de fibromialgia, 11 desses 18 pontos precisam apresentar dor. Preconiza-se também o fator em que a dor musculoesquelética é difusa, permanecendo por um período maior que três meses.

Pesquisas sugerem que uma das causas do desencadear desta síndrome, seja o envolvimento de hormônios e de substâncias que participam da transmissão da dor. Estas substâncias são responsáveis também pela diminuição da qualidade de vida.

O parecer final destes estudos pode proporcionar um tratamento mais efetivo, também um tratamento preventivo, além de uma melhora na qualidade de vida desses pacientes.

As formas de tratamento são variáveis e estão dentre elas: Hábitos Saudáveis, Alimentação balanceada, lazer, (momento para relaxar e fazer aquilo que gosta), sono com qualidade (dormir 8 horas por dia, manter um horário para deitar) e ainda, praticar atividade física (alongamento/fortalecimento), pois através da atividade física liberamos a endorfina (substância natural produzida pelo cérebro durante e após a atividade física) que aumenta o bem estar, diminui o estresse, considerada como sendo um análgesico natural, relaxa, diminui tensões e consequentemente a dor; sendo ótima para tratar a fibromialgia. Vale ressaltar aqui que inúmeras pessoas temem a atividade física com medo de que a dor agrave, mas afirmo que ela é apenas benéfica, se feita com um profissional habilitado e qualificado para esta finalidade. Os exercícios devem ser realizados de forma leve, progressiva e a seqüência deve ser personalizada. Em alguns casos é necessário introduzir medicamentos que devem ser prescritos pelo médico.

No Brasil, pesquisas apontam uma prevalência de em média 10% da população,sendo  mais freqüente no sexo feminino(80% dos casos). A idade de seu início ocorre entre 29 e 37 anos, sendo que o diagnóstico ocorre entre 34 e 57 anos.

        Vale lembrar que traumas emocionais ou físicos, alterações hormonais e doenças graves podem desencadear a manifestação da fibromialgia, e ainda que esta síndrome pode estar associada a fadiga, dor de cabeça, irritabilidade, alterações de humor, insônia e a dificuldade de concentração




***Até***